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DESASTRE NA SERRA E A IRRESPONSABILIDADE NAS TRATATIVAS DA DONA FRANCISCA

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O então vereador Fábio Dalonso, já alertava do perigo de caminhões carregados com materiais tóxicos trafegarem pela estrada com o perigo de derramamento no Rio Cubatão e afluentes

Não é de hoje que maiores cuidados com a centenária Rodovia Dona Francisca, SC-418, que nasce no centro de Joinville e liga com o Planalto Norte, vem reclamando atenção por parte do governo do Estado.
O então vereador Fábio Dalonso, já alertava do perigo de caminhões carregados com materiais tóxicos trafegarem pela estrada com o perigo de derramamento no Rio Cubatão e afluentes, responsável maior pelo abastecimento de água da grande Joinville.
Dalonso aprovou uma lei disciplinando o assunto. Acompanhe a reportagem divulgada no Jornal do Almoço da NSC.

Norival Silva, que presidiu a Sama, também alertava do grande risco que existia sem que existisse à época um plano de contingenciamento em caso de desastre ecológico agredindo a flora, o meio ambiente e o Rio Cubatão.

NA CURVA DA MORTE
E aconteceu!
Pela manhã, um caminhão carregado de ácido sulfônico tombou na altura da chamada “Curva da Morte”, quilômetro 14, altura do Mirante, causando o despejo no rio Seco, afluente do Rio Cubatão, responsável pelo maior volume de abastecimento de água de Joinville.


Mais, este acidente que aponta para a irresponsabilidade de gestores públicos nos cuidados com a estrada, como sinalização da pista avisando que ali é uma APA, área de preservação ambiental, falta de fiscalização de caminhões e com material perigoso e principalmente burlando a lei que proíbe esse tipo de tráfego durante o período noturno.
Acontece que a rodovia não tem praticamente nenhuma prevenção contra esse tipo de desastre, sequer radares, controle de velocidade é um abandono completo há anos por parte do governo estadual.

TRÂNSITO DE CAMINHÕES À NOITE
“O Governo deve seguir as diretrizes estabelecidas no Plano de Atendimento a Emergência da Serra Dona Francisca; que sejam instaladas guaritas nos pontos de intersecção da rodovia com a APA (planalto e planície) para efetuar o cadastro das entradas e saídas de caminhões transportando produtos perigosos e demais veículos capazes de gerar danos ambientais; que seja articulado convênio com o DNIT visando à proibição do trânsito de tais veículos em horários entre as 19:00hs e 07:00hs ou em períodos de alto risco decorrente da diminuição da visibilidade por neblina ou chuvas torrenciais”, sugere por exemplo o vereador Ascendino Batista que encaminhou hoje moção às autoridades estaduais.

JOINVILLE SEM ÁGUA

Por volta das 10h desta segunda-feira (29), a Prefeitura e a Companhia Águas de Joinville interromperam a captação da Estação de Tratamento de Água do Cubatão, responsável por aproximadamente 75% da água tratada na cidade.
A medida foi necessária após o acidente com derramamento de produto químico na Serra Dona Francisca.
Aproximadamente 34 bairros de Joinville correm o risco de ficar sem água.

“O fechamento foi justamente para que a substância não entrasse no nosso sistema de tratamento, garantindo assim que toda a água já tratada possa ser consumida normalmente”, destaca o prefeito Adriano Silva.
O volume de água que ainda havia nos reservatórios foi praticamente todo consumido. Essa água é potável, em condições normais de consumo. Por este motivo, a água que estava armazenada nas caixas d’água das residências pode ser consumida.

ÁCIDO NÃO É TÓXICO?
A Companhia Águas de Joinville acompanha, por meio de análises laboratoriais, as condições da água que passa pelo Rio Cubatão, mesmo enquanto a captação permanece suspensa.
A substância que estava sendo transportada é Ácido Lineal Alquilbenceno Sulfônico (LAS), em concentração de 90%. Na indústria química, é utilizado como matéria ativa na elaboração de detergentes, xampus e cremes dentais.
Em concentrações normais, o Ácido Lineal Alquilbenceno Sulfônico não apresenta característica tóxica para humanos, para a fauna ou para a flora, garante nota da prefeitura.

A BOMA-RELÓGIO


A maior cidade do Estado pode ficar sem 80% de seu abastecimento de água durante 3 a 4 meses.
Basta que um único caminhão com produto químico tombe na SC-418, rodovia que corta a Serra Dona Francisca e liga Joinville a Campo Alegre.
Isso seria o suficiente para contaminar a foz do rio Cubatão.
O alerta foi feito pelo deputado estadual Matheus Cadorin (Novo), que é de Joinville, na tribuna da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
“É uma verdadeira bomba-relógio que vai acabar estourando – mais cedo ou mais tarde – com graves prejuízos ambientais e para todos que vivem em Joinville”, adverte o parlamentar.
Ele encaminhou pedido de informações à Secretaria de Estado da Infraestrutura e mobilidade, cobrando dados a respeito do que está sendo feito, ou está sendo planejado, para evitar que este grave problema aconteça, alertou em 30/05/2023.

PENSANDO ALTO


A falta de uma torre transmissora para celular na serra Dona Francisca é outra falha imperdoável.
Assaltos, acidentes ou outra ocorrências em determinado “ponto cego” da rodovia tem somado ao quadro de irresponsabilidades de nossas autoridades de todos os escalões, independente de governos porque o abandono é de várias administrações.

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